quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Sobre saudade.




Oi, filha.

Hoje, na hora do almoço, vi um casal que se despedia. Ele colocava malas no porta-malas de um taxi, ela aguardava. Depois, abraçaram-se feito fossem ficar anos sem se ver. Não sei se era o caso, mas você vai descobrir um dia: quando amamos alguém, algumas horas podem parecer tempo demais.

E é assim que me sinto diariamente ao vir para o trabalho. Dar tchau para você tem sido mais custoso conforme você vai crescendo.

Você simplesmente acena. Ou me dá um beijo. Ou me olha enquanto entro no carro. Incrível, você não chora, não faz birra, simplesmente fica observando eu e sua mãe saírmos.

Meu sentimento deve ser parecido com a despedida do tal casal que pude analisar. Carregado de amor, afeto e muita vontade de ficar.

Ontem sua avó me disse que você falou “papai”o dia inteiro. Pois eu digo que neste mesmo momento eu me mantive calado. E por dentro gritava: Luiza.

Filha, eu sinto muita saudade de você o tempo todo. Pode se lembrar disso para sempre!