Filha, quando a gente é criança sonha muito. E no meio de meus devaneios infantis eu desejei muita coisa.
Quis ser astronauta e visitar o espaço (nos anos 80 achávamos que em 2000 estaríamos morando na lua). Quis ser também cientista maluco e inventar uma máquina do tempo. Rockstar sem camisa, cabeludo e tocando Heavy Metal foi meu sonho mais constante.
E já quis ser bombeiro, policial, centroavante da seleção. Até pensei em ganhar a vida como psicólogo, jornalista, escritor – profissões estas bem mais convencionais.
Virei publicitário por genética e vocação, músico nas horas vagas por ser a atividade do meu coração e pretenso poeta quando a inspiração vem.
Hoje não sei ao certo se todas as escolhas foram corretas. Mas guardo comigo, no lugar mais precioso do peito, uma convicção que descobri há pouco: o que eu na verdade sempre quis foi ser seu pai.
Estamos esperando sua chegada, meu amor.
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