sexta-feira, 12 de outubro de 2012

12 de outubro de 2012.





Filha, hoje é Dia das Crianças. E também é o dia que você completa um ano e cinco meses. Precisávamos comemorar.

Ontem você viu macarrão na casa da vovó e quis (mesmo já tendo almoçado). Não pude deixar você comer de novo, estávamos atrasados para o médico. Você chorou, me senti culpado.

Então seu pai aqui inaugurou as comemorações preparando um molho à bolonhesa que você tanto gosta. Também cozinhei penne que você tanto gosta. E dei a comida para você, algo que eu tanto gosto.

Acabou que agora você decidiu comer sozinha. E foi aí que comecei a voltar à infância. Você se lambuzou de molho, enfiou macarrão em minha boca, derrubou no chão, a maior farra. Eu ri como há muito não fazia. Foi gostoso demais.

Hoje eu entendo quando minha mãe, minha vó, insistem para eu repetir um prato. Não há nada mais delicioso do que ver um filho se esbaldando de comer algo que você acabou de preparar. E você, generosa como sempre, fez isso por mim.

Depois brincamos no sofá. De fazer trimilique. As pessoas não sabem brincar de trimilique, mas você e eu sabemos e isso já basta. Você gargalhou a melhor da risadas, bom demais.

Você dormiu, acordou com o vovô Gersão e a vovó Zezé aqui. Trouxeram presentes. Você adorou.

Agora, sua mãe dá banho em você enquanto escrevo. E penso o seguinte: eu sempre achei que nós, pais, éramos responsáveis por inventar um mundo lindo para os filhos morar. Que era nosso dever criar histórias e belezas para vocês viverem felizes. Me enganei. Luiza, meu amor, é você quem faz meu mundo ser cheio de poesia todos os dias. Um beijo do seu pai apaixonado por você. Feliz Dia das Crianças.

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