segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sobre flores e nascimento.


Sentir não exige ordem cronológica. Deve ser por isso que as palavras que escrevo a você não coincidem com os acontecimentos. Escrevo hoje o que senti há meses e posso redigir amanhã sobre uma lágrima que ainda vai cair. E não é assim o amor? Que desperta de repente de um estado de absoluta criogenia nos dando um frio na espinha quando menos esperávamos?

Digo isso com convicção, pois sou um homem de amores. Um dia você vai perceber, Luiza, o quanto seu pai pode ser emotivo. Chega a ser piegas, espero que me perdoe por isso (prometo não lhe envergonhar da frente das amigas com meus acessos de sentimentalismo).   

Porém, um amor como esse é inédito em minha vida. Hoje li que você deve estar com vinte e um centímetros. Menor que a régua da minha mesa. Porém, meu sentimento é sem medida, como pode? Melhor nem tentar entender.

O fato é que penso em você o tempo todo. E daqui da janela de meu novo emprego, vendo uma simples árvore cheia de flores roxas, lembrei que você existe e está bem guardadinha na barriga da sua mãe, meu outro grande amor. E você também vai desabrochar, minha linda. E vai ser tão bonito, tão cheio de paixão, que as pobres flores vão morrer de inveja de você.

Um comentário:

  1. Rafa! Muito lindo! E parabéns por mais essa novidade em sua vida, a paternidade! Luiza, seja bem-vinda! Beijos da Mari.

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