quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Você é menina, que sorte!


Luiza, hoje numa reunião entre homens soltaram a fatídica frase: “mulheres são muito complicadas”. Nós garotos (pois é, não crescemos nunca) teimamos em repetir esta oração feito um mantra, deve ser justificativa por sermos tão óbvios.

Meninas são diferentes, eu bem sei. E ter descoberto que você, filha, seria uma delas causou-me a princípio certo medo, sentimento que posteriormente transformou-se em imenso afeto.

Lembro-me bem do dia que soube seu sexo. Sua mãe e eu no laboratório, o segundo ultrassom. E o médico mostrava seu fêmur, seus pulmões, seu aparelho digestivo, nada de dizer sobre o assunto. Até que finalmente você resolveu nos dar essa surpresa, quanta emoção. Fiquei sem palavras durante um tempão.

Desde então tenho exercitado minha sensibilidade, sei que ser pai de menina não é tarefa fácil. Fácil é conviver com homens, falar de futebol, boxe, carro. Árdua tarefa encantar-se com flores, chorar no final do filme, perceber a hora certa de fazer carinho.

Não serei infalível, minha filha, mas prometo usar tudo o que tenho para fazer você feliz. Tanto quanto você já me faz.

Eu amo você de um jeito que chega a doer. Beijinho do seu pai.

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